A infecção urinária bacteriana representam uma patologia frequente em pediatria.
Embora, na maioria dos casos, as infecções urinárias tenham um decurso benigno, estas representam um risco potencial, não apenas pela gravidade de prognostico, eventualmente assumido por um episódio isolado, como pelo facto de poder representar o prólogo de doença renal grave e incurável da adultícia.
Estabelecido o diagnóstico de infecção urinária, todos os pacientes deverão ser submetidos a terapéutica antimicrobiana, que nem sempre é isenta de efeitos colaterais indesejáveis, já que o germe infectante, uma vez implantado no aparelho urinário, tende aí persistir aí, sendo raras as remissões espontâneas de bacteriúria. Controlado o surto infeccioso atual, a totalidade das crianças com diagnóstico de infecção urinária, ou aquelas que são consideradas de maior risco, devem ser submetidas, de imediato, a investigação radiológica, e algumas a exames cistoscópicos complementares. Os pacientes devem ser controlados através de cuidadosos estudos de seguimento, pois as ¡nfecções frequentemente recidivam. Enquanto que o quadro clínico das infecções urinárias aguda é bem definido, em crianças maiores, no lactente predomina sintomatologia inespecífica, podendo, ainda a doença ser totalmente assintomática, em qualquer grupo etário, durante a infância. Todas estas considerações tornam clara e grande a responsabilidade de um diagnóstico preciso de infecção urinária, que depende muito do grau de alerta do pediatra ao problema, e que, precocemente estabelecido, evita quase inteiramente as lesões irreversíveis dos rins e, ainda, a gravidade de um diagnóstico positivo errôneo. Assim, o correto diagnóstico é o primeiro e o mais importante passo no controle das infecções urinárias.
