Os agentes etiológicos mais frequentemente envolvidos numa infecção do trato urinário adquirida na comunidade são, em ordem de frequência: a Escherichia coli, o Staphylococcus saprophyticus, espécies de Proteus e de Klebsiella e o Enterococcus faecalis. A E. coli sozinha, responsabiliza-se por 70% a 85% das infecções do trato urinário adquiridas na comunidade e por 50% a 60% em pacientes idosos admitidos em instituições.
Quando a infecção do trato urinário é adquirida no ambiente hospitalar, em paciente internado, os agentes etiológicos são bastante diversificados, predominando as enterobactérias, com redução na frequência de E. coli (embora ainda permaneça habitualmente como a primeira causa), e um crescimento de Proteus sp, Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella sp., Enterobacter sp., Enterococcus faecalis e de fungos, com destaque para Candida sp.
Entre os pacientes com infecção do trato urinário complicada e de repetição tem crescido a incidência de microrganismos produtores de ß-lactamase de espectro estendido (ESBL) incluindo a própria E. coli multirresistente, o que dificulta o tratamento da infecção urinária e exige a utilização de antibióticos de largo espectro com frequência cada vez maior.
Existem alguns grupos especiais de pessoa que podem estar em maior risco de contrair uma infecção urinária, e estes incluem:
Existem alguns grupos especiais de pessoa que podem estar em maior risco de contrair uma infecção urinária, e estes incluem:
- Crianças muito jovens. As bactérias conseguem entrar para o trato urinário através da corrente sanguínea, a partir de outros locais do corpo.
- As crianças. As crianças pequenas têm dificuldade em limpar-se e lavar bem as mãos depois de uma evacuação. A falta de higiene tem sido associada a um aumento da frequência de infecções do trato urinário.
- Crianças de todas as idades. A infecção urinária em crianças pode ser (mas nem sempre) um sinal de uma anormalidade no aparelho urinário, geralmente um bloqueio parcial. Um exemplo desta situação é uma condição na qual a urina se move no sentido contrário a partir da bexiga até os ureteres (refluxo vesico-ureteral).
- Pacientes internados. Muitos destes indivíduos são cateterizados por longos períodos e são, portanto, vulneráveis à infecção do trato urinário. Cateterização significa que o paciente tem um tubo fino (cateter) colocado na uretra para drenar a urina da bexiga. Esta metodologia é implementada em pessoas que têm problemas para urinar ou em pessoas que não podem alcançar um banheiro para urinar por conta própria.